13 de abril de 2009 - O Nascimento do Felipe

Chegou o dia mais esperado da minha vida. O dia em que deixarei de ser uma pessoa comum e passarei a ser MÃE. Pra quem ainda não é pode significar pouca coisa, mas o momento de segurar o filho nos braços pela primeira vez é um marco na vida da gente.

Chegamos no Hospital Mãe de Deus por volta das 7:00. Enquanto o Fernando agilizava a papelada fui me preparar no Centro Obstétrico. Ainda com esperança de parto normal, fizemos mais um exame, mas o Felipe estava alto demais e a dilatação era insuficiente.

Já na sala de cirurgia (pra quem não sabe, cesareana é uma cirurgia) recebi a peridural e comecei a sentir minhas pernas ficarem dormentes. Nunca estive tão tranquila. Sem nervosismo, sem ansiedade, sem medos. Eu SABIA que tudo daria certo. O Fernando entrou na sala com máquina fotográfica em punho e uma certa tensão no rosto. Mas até que ele tava bem calmo também. Não demorou muito para começarem a cesareana. Todos muito atenciosos, e a Dra. Alessandra narrando tudo o que fazia, pois eu queria ver a cirurgia, mas isso não era permitido.

Às 8:44 o pano à minha frente desce e vejo a obstetra puxando o Felipe pela cabecinha. Chorando como o esperado, cabelo bem loiro - para a surpresa de todos -, perfeitinho, MEU FILHO! Esteve anos nos meus sonhos, 9 meses na minha barriga, e agora estava ali, nos meus braços, pronto pra me fazer a pessoa mais feliz do mundo (e também a mais preocupada, inevitavelmente!).


O primeiro contato é rápido demais. Logo ele foi levado para a Sala de Admissão, onde os recém-nascidos são examinados, pesados, medidos, tomam banho e as primeiras vacinas; o pai acompanha todos os procedimentos enquanto a mãe vai pra sala de recuperação. É normal o bebê levar cerca de 1h para chegar na Recuperação e ficar com a mãe. O Felipe levou quase 2 horas, pois a frequencia respiratóia dele estava alterada. Por incrível que pareça me mantive calma, não fiquei nervosa ou preocupada, afinal ele estava num hospital com todos os recursos e eu sabia que estava bem.

Quando me trouxeram o Felipe ele estava calminho, mas logo fez uma manhazinha e eu o peguei. Ainda com as pernas anestesiadas, sem movimentos, amamentei pela primeira vez. Foi tão natural, tão perfeitinho...parecia que eu já tinha uns 10 filhos. rsrsrsrsrs
Ele mamou direitinho, se acalmou e dormiu no meu peito. Mais uma vez: a natureza é perfeita e maravilhosa!


Bom, depois disso tudo fomos para o quarto 322, recebemos visitas de pessoas queridas, passamos uma noite quase sem dormir e, assim, começamos uma vida de alegrias diárias, emoções, amor, carinho, e também sono, olheiras, dúvidas, preocupações...Tudo vale muuuuito à pena!

O terceiro e último trimestre

O último trimestre se inicia na 28ª semana e vai até a 40ª, e a expectativa só aumenta! A barriga começa a pesar, os pés e pernas incham, os movimentos do bebê na barriga são vistos a olho nu: quanto menos se espera dá um pulo, surge um "bico", endurece, relaxa, fica torta...É uma coisa muito doida. E também muito maravilhosa! Não tem como descrever a sensação, então apenas acreditem que é muuuito bom!

Com 28 semanas e uma barriga de 99cm de diâmetro, Fernando e eu fizemos o Book de Gestante. Ele não tava muito empolgado de posar pras fotos, mas com boa vontade foi junto, entrou no clima e se divertiu. As fotos ficaram ótimas.
Durante a gestação, os papais não estão tão envolvidos quanto as mães. É importante que eles possam participar de tudo o que for possível: consultas, ecografias, fotos, conversar com o bebê e até sentir os movimentos dele na barriga. Esse envolvimento vai fazer toda a diferença depois do nascimento!

Bem, as útimas ecografias foram para acompanhar o crescimento, os batimentos cardíacos, a posição em que o bebê se encontra (ele deve estar de cabeça pra baixo para que o parto normal ocorra sem complicações). E já não dá pra ver o corpinho todo na tela, pois ele já tá grandão. Mas dá pra ver se tá chupando o dedinho, mexendo a boquinha, abrindo e fechando os olhos...incrível!

Com 37 semanas, o Felipe já estava posicionado e o colo do útero iniciou a dilatação. Mas com 40 semanas o quadro não tinha se alterado e decidimos marcar a cesareana. Eu estava preparada para o parto normal, com um medinho inevitável, mas consciente que esta opção era a melhor para mim e para o Felipe. No entanto, não foi possível. Não havia nem sinal de aumentar a dilatação e a cabecinha dele ainda estava "alta"; sem contar na ansiedade e na vontade louca de ter meu filho nos braços.
Assim, dia 13 de abril de 2009, acordamos cedinho e fomos para o Hospital Mãe de Deus.


Esse Post já tá muito longo, né? Vou deixar vcs esperando um pouquinho mais e logo conto como foi o nascimento do meu tesouro!

Bjinhos,

Segundo Trimestre

O segundo trimestre começa na 14ª e vai até a 27ª semana. É, sem dúvida, a melhor fase da gestação. Muitas coisas novas acontecem com o bebê e com o nosso corpo. Nesta fase se nota melhor crescimento contínuo da barriga, os soluços do bebê e, o melhor de tudo, sente-se os movimentos dele.

Eu senti o Felipe pela primeira vez no dia 03 de novembro (por volta da 17-18ª semana). Estava vendo televisão, deitada no sofá, quando a barriga endureceu de modo estranho e foi relaxando. De repente...blup! Mexeu! Coloquei a mão e fiquei sentindo os leves movimentos. Na verdade eles ainda eram tão suaves que não dava pra sentir com a mão. Olhos cheios de lágrimas e uma sensação indescritível, que iria se repetir inúmeras vezes, cada vez mais intensamente. Todos os dias, todos os momentos, a mão estava lá, na barriga, esperando uma "tremedinha" qualquer...

Com 22 semanas de gestação é feita a ecografia morfológia. É uma das melhores ecografias de se fazer, por ser mais longa e mais detalhada. O Felipe já tinha crescido bastante: estava com meio quilo! rsrsrsrs


Com 23 semanas fiz o Chá de Fraldas. Foi muito divertido, pois todas as convidadas tiveram a oportunidade de participar com brincadeiras e algumas até ganharam brindes! Nesta fase já dá pra sentir o cansaço após horas em pé, especialmente no verão. Fiquei exausta no final do dia. Acho que fiz o Chá na hora certa!

Eu, Felipe e as vovós corujas!

E o segundo trimestre passou tranquilo (exceto pela espera para vê-lo na próxima ecografia), com bastante sono e aumento da fome, mas sem intercorrêcias. Muitos paparicos e muitas, mas muitas e muitas fotos.
Pra quem está passando por isso agora, ou vai passar, aí vai uma dica: não economize nas fotos! Faça fotos de todas as semanas da gravidez. É ótimo relembrar as fases, principalmente porque a gente acaba se esquecendo de como ficou o corpo, como se deu a transformação semana a semana...e assim, pode-se também reviver um pouquinho de cada momento!

O Primeiro Trimestre

Oiii

Agora sim, começo a contar resumidamente – se é que vai ser possível – como foi a gravidez. Quando a gente fica sabendo que está grávida, já se passou pelo menos 1 mês de gestação, ou seja, já se está na 5ª-6ª semana. Ao mesmo tempo em que estava mais feliz do que nunca, também estava muito ansiosa pra fazer a ecografia e ouvir o coraçãozinho bater. Nem esperei a requisição médica e fui fazer a tal eco. Não devia ter sido tão apressada. Eu estava na 5ª semana de gestação e o coração só começa a bater pela 6ª ou 7ª semana. Resultado: fiquei mais ansiosa ainda...
Mas para alívio do MEU coração, na semana seguinte ouvi o tão esperado e rápido tum-tum-tum-tum. Não sei como transformar em palavras a sensação. Um conselho: não se deve ir sozinha fazer o exame! A gente fica tão emocionada, atordoada, aérea, que é um perigo atravessar a rua, dirigir, etc.
As semanas seguintes foram de pura paparicação. E quem disse que aquela ansiedade sumiu de vez? Por um motivo ou outro ela sempre estaria presente. Agora era pela espera do próximo exame. Com 12 semanas fizemos a eco da translucência nucal, onde se estima a probabilidade do bebê ter alguma síndrome. Ufa! Tudo certo. Mas emocionante mesmo foi ver o Felipe pela primeira vez. Com apenas 6,7cm (cabeça-nádegas), o médico deu 80% de chance de ser um menino. Ele já estava mexendo bracinhos e perninhas, completinho, perfeitinho! Dá pra acreditar? A natureza não é incrivelmente perfeita? Saí da sala aos prantos...Na recepção, devem ter pensado que havia algum problema. rsrsrsrs


É neste período que as gestantes costumam sentir os enjôos. Eu não tive esse tipo de sintoma, graças a Deus. Além do mais, quando sentia uma leve náusea era só comer bergamota que a sensação desaparecia. Bergamota é tudo nessas horas!
Agora a barriga já começava a aparecer. Nunca pensei que fosse ficar tão feliz em ter uma barriga saliente, mas é assim mesmo. Estava me sentindo grávida de verdade, me sentindo MÃE pela primeira vez.

E o primeiro trimestre terminou com a confirmação de que seria um menino. É claro que eu já sabia, era o Felipe, meu filho tão esperado, muito amado, e gremista desde sempre!

Bjinhos,

Meus 31 anos

Olá!
Ontem, 25/11, foi meu aniversário. O primeiro com o Felipe nos braços. Foi o melhor aniversário dos últimos anos. Eu sempre gostei de comemorar, mesmo que seja apenas num restaurante com a família, mas este ano foi muito especial.
Com cachorro-quente, bolo de morango e velinhas, comemorei ao lado de algumas das pessoas mais importantes pra mim: meus pais, irmãos, sogros, cunhada; tios, primos e avó emprestados; meus três afilhados lindos, e meus grandes amigos! Isso sem falar nos meus super-amados filho e marido!

O Felipe brincou bastante com os amiguinhos e ficou acordado até mais tarde. Durante o Parabéns olhou atentamente todos baterem palmas e, depois de tirar algumas fotos, cedeu ao cansaço e foi dormir com a dinda Elisa.

Filho, obrigada por seres o meu melhor presente. Daqui até a eternidade!



Aproveito pra agradecer também o carinho incondicional de todos e o apoio que tenho recebido ao longo deste ano! Obrigada por estarem ao meu lado!

Já já continuo contando como foi a gravidez e os primeiros meses do Felipe!

Bjinhos,

E tudo começou assim...

Inicio hoje uma experiência totalmente nova para mim. Aliás, vocês lerão aqui muitas de minhas primeiras vezes. Foi meu marido, Fernando, que me incentivou a escrever num blog o relato de minhas vivências como mãe. Nunca fui de escrever em diários e não costumo dividir minha vida com muita gente. Achei a idéia interessante, relutei um pouco, mas resolvi tentar. Vamos ver no que dá.
Convido vocês a fazerem parte disso, acompanhando, dando sugestões, etc...e peço um pouquinho de paciência nas primeiras postagens, pois, como já mencionei, sou nova no assunto!
Então vamos lá!
Fernando e eu estamos casados há 6 anos e decidimos que teríamos o primeiro filho após curtirmos um pouco o casamento. E fizemos isso. Saímos bastante com os amigos, viajamos bastante e depois de 4 anos decidimos que estava na hora. Eu sempre quis muuuuuito ser mãe. Tenho dúvidas em muitos aspectos na minha vida, mas quanto a ser mãe não tinha a menor dúvida. Procurei logo um médico e comecei a me preparar fisiologicamente pra viver esta nova etapa. Já haviam se passado 6 meses e nada de ficar grávida. Eu não conseguia entender como alguém que quer tanto um filho não consegue engravidar enquanto outras “mães” - que abandonam, matam, ignoram suas crianças – tem filhos às pencas.
Lembro que nunca deixei de acreditar e ter a certeza de que teria o MEU filho; apesar do desgaste de responder, a todo momento, perguntas do tipo: E aí, nada ainda? Quando vem este bebê?
Neste momento contava sempre com o apoio do Fernando e de uma grande amiga, uma pessoa muito importante, que hoje é a mãe de um dos meus lindos e queridos afilhados.
Depois de alguns exames e mudanças de médico, após 1 ano de expectativa, durante a madrugada (pois não consegui dormir) fiz um teste de farmácia e...lá estavam as 2 listrinhas cor-de-rosa: positivo! Nem preciso dizer que não dormi mesmo naquela noite, não é?

Bom, vou ficar por aqui hoje. Nas próximas postagens contarei brevemente como foi a gestação, o nascimento do Felipe e os primeiros meses.
Acho que vou me divertir e me emocionar relembrando tudo isso...

Bjinhos,